domingo, 12 de abril de 2009

Realidade Paralela


Deixem-me ver o sol com os olhos fechados,
sentir a frescura dos dedos molhados,
passar a mão na areia, sentir a sua textura,
deleitar-me em sonhos, na tua procura,
ver o brilho dos teus olhos em cada olhar,
em cada um dos teus gestos de ternura.
Permitam-me a razão, perdoem-me a duvída,
compreendam o tacto perante a visão dúbia.
Excessos, retrocessos, processos, projectos
questões, respostas,
infindáveis fantasias sobre realidades propostas.
Certezas incertas, irregularidades perfeitas,
vontade de viver por entre as palavras que aceitas,
de mim, para ti, para quando precisares, eu estar aqui.
Deixem-me abrir os olhos e ver o brilho,
sentir a doçura dos dedos desenhados,
agarrar um punhado de areia, atirá-la ao vento,
ver a tua silhueta surgir no momento.
Sonhar acordado, tornar tudo verdade,
só eu sei, que quando fecho os olhos, eu tento.

"Nuno C. PInto"

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