quinta-feira, 18 de junho de 2009

Contigo Sempre



Quero estar contigo sempre!
Sentir-te, ouvir-te, ver-te
e ver-me a mim também.
Sim.
Não fazes ideia de quão
mais belo me sinto,
quando me vejo reflectido em ti.
É o que tu me fazes,
é o que tu me dizes,
e era bom que tu me visses
como eu a ti te vejo,
como de ti imagino o beijo,
o beijo; que me dás.
Não fazes ideia o bem que me faz,
embora o sonhe, o veja, o sinta,
embora saiba, que tu cá não estás.
Quero estar contigo sempre!
Partilhar contigo,
viver contigo sempre presente,
consciente
que quero levar isto em frente.
Não me interessa o que se faz,
não me interessa o que se diz,
porque sei que é contigo,
sei que é por ti
que um dia vou escrever um poema feliz.
Não me engano,
tenho isto sempre em mente,
porque;
quero estar contigo, sempre!

Nuno C. Pinto

Kenna - Out of Control (State of Emotion)



All this pressure's building up
and there's a chance it's gonna explode
And I can't promise how when or where but
I can tell you it'll happen for sure

It's a crazy world that's spinning fast
round and round and round we go
just keep your eyes on me now love
never stray never let go (No)

(Chorus:)

Shit is out of control
It's out of control
And I don't care what is happening
No getting frustrated
I wanna be sedated
So I don't care love come with me
Yeah it's doing my head in
You're doing my head in
And I can't change the state of emotion

Bang Bang Boom
Energy's in the air
And the universe is speaking to me
And it's telling me telling you to get closer
Love lay it on me

It's the same old feeling
That I've been holding in
It's a feeling that's gotta hold
I need your love anarchy
So let me in and never let go (No)

(Chorus:)

It's insane how it feels
It's insane how this feels
And I'm in and out of
And I'm losing my mind
It's insane how it feels
It's insane how it feels
And I feel the pressure
And it's buildin up inside

It's insane how it feels
It's insane how it feels
And I'm losing my head
Yeah I'm losing my mind
It's insane how it feels
It's insane how it feels
And I feel the pressure
And it's ready to blow

Shit is out of control
It's out of control
And I don't care what is happening
No getting frustrated
I wanna be sedated

So I don't care love come with me
Yeah it's doing my head in
You're doing my head in
And I can't change (hey)

Shit is out of control
It's out of control
And I don't care what is happening (Hey)

Shit is out of control
It's out of control
And I don't care what is happening (hey)

Shit is out of control
Out of control

Se Não Falas



Se não falas, vou encher o meu coração
Com o teu silêncio, e aguentá-lo.
Ficarei quieto, esperando, como a noite
Em sua vigília estrelada,
Com a cabeça pacientemente inclinada.


A manhã certamente virá,
A escuridão se dissipará, e a tua voz
Se derramará em torrentes douradas por todo o céu.


Então as tuas palavras voarão
Em canções de cada ninho dos meus pássaros,
E as tuas melodias brotarão
Em flores por todos os recantos da minha floresta.

RABINDRANATH TAGORE

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Quando Quero!



Porque me apetece,
simplesmente dizer o que
quando digo ninguem ouve,
dizer o que outros pensam
quando digo o que pensei
e quando sinto o que digo,
porque simplesmente me apetece.
Não pretendo fazer letras
empilhadas com um objectivo final,
que não seja apenas o de sentir,
o de ver, o de viver no fundo
isto que aqui está escrito.
Guio-me por impulsos
que me custam a sentir por vezes,
de tal forma que em mim,
e para mim peço,
o resultado das ínumeras preces,
quais segredos mal guardados
que no meu ser habitam
muito para além de tudo
o que vejo,
para além de tudo o que
consigo decifrar.
No entanto tais segredos
não são mais do que historias
que escrevo,
em folhas de papel com anos
que guardei na esperança
de um dia;
quem sabe um dia,
o mostre a alguém.
Não porque queira vive-las,
não porque queira vende-las,
não porque queira usa-las.
Mas sim porque quero escreve-las.
Na vida,
não escrevo nada,
tento vive-la intensamente
na realidade, sem passar para o papel
episódios fantásticos
que prefiro transportar em mim.
Esses sim, ficam comigo!
As historias, os tais segredos,
esses; ficam bem é no papel.
Mas escrevo-os!
Simplesmente porque
me apetece!

"Nuno C. Pinto"

Thinking Of You

Lying all alone and restless
unable to lose this image
sleepless, unable to focus on
anything but your surrender

Tugging a rhythm to the vision that's in my head
Tugging a beat to the sight of you lying
So delighted with a new understanding
Something about a little evil that makes that
Unmistakable noise I was hearing
Unmistakable sound that I know so well
Spent and sighing with a look in your eye
Spent and sighing with a look on your face like

Sweet revelation sweet surrender
sweet, sweet surrender
Surrender...

Tugging a rhythm to the vision that's in my head
Tugging a beat to the sight of you lying
So delighted with a new understanding
Something about a little evil that makes that
Unmistakable noise I was hearing
Unmistakable sound that I know so well
Spent and sighing with a look in your eye
Spent and sighing with a look on your face like

Sweet revelation sweet surrendering
Sweet revelation sweet

Thinking of you, thinking
Thinking of you, Thinking of you, Thinking of you, thinking...

Sweet revelation sweet surrendering
Sweet revelation

Fingir que está tudo bem...



fingir que está tudo bem: o corpo rasgado e vestido
com roupa passada a ferro, rastos de chamas dentro
do corpo, gritos desesperados sob as conversas: fingir
que está tudo bem: olhas-me e só tu sabes: na rua onde
os nossos olhares se encontram é noite: as pessoas
não imaginam: são tão ridículas as pessoas, tão
desprezíveis: as pessoas falam e não imaginam: nós
olhamo-nos: fingir que está tudo bem: o sangue a ferver
sob a pele igual aos dias antes de tudo, tempestades de
medo nos lábios a sorrir: será que vou morrer?, pergunto
dentro de mim: será que vou morrer?, olhas-me e só tu sabes:
ferros em brasa, fogo, silêncio e chuva que não se pode dizer:
amor e morte: fingir que está tudo bem: ter de sorrir: um
oceano que nos queima, um incêndio que nos afoga.

o tempo, subitamente solto pelas ruas e pelos dias,
como a onda de uma tempestade a arrastar o mundo,
mostra-me o quanto te amei antes de te conhecer.
eram os teus olhos, labirintos de água, terra, fogo, ar,
que eu amava quando imaginava que amava. era a tua
a tua voz que dizia as palavras da vida. era o teu rosto.
era a tua pele. antes de te conhecer, existias nas árvores
e nos montes e nas nuvens que olhava ao fim da tarde.
muito longe de mim, dentro de mim, eras tu a claridade.



"José Luis Peixoto" in "A Criança em Ruínas"

terça-feira, 12 de maio de 2009

Reposta...




Porque quando escrevo não páro para pensar,
não sei o que vou dizer, muito menos o que vou abordar,
apenas sei que não me quero calar, e mais,
cada vez mais, á medida que o tempo avança,
ao passo que a ligação aumenta,
ao ritmo que o meu pensamento se lança
na tua direcção, sem paragens, nem questões,
sem obstaculos, sem muros demasiado altos
que sejam intransponiveis, sem fossos demasiado largos
que eu não consiga saltar, sem frases demasiado absurdas
das quais eu não me consiga desviar;
Nada, me faz parar!
Porque quando sonho não páro para acordar,
nunca sei o que vou sonhar, o que vai acontecer,
que luz me vai iluminar ao amanhecer,
seja ela qual for, é uma luz, é minha e brilha só para mim.
Nada me pode derrotar nesse momento,
porque sonho da mesma forma que tu o fazes,
e acordo da mesma maneira que adormeci,
com um movimento dos olhos,
que fazem a diferença entre a inensidade da luz,
mas que de qualquer forma continua lá, e lá
é onde estará sempre, porque sempre foi aqui!
Porque quando acordo não paro para te voltar a ver,
vejo-te sempre, porque acordas comigo, por cada raio de sol
que me atinge e sei que tambem sonho acordado.
Serei um sonhador?
Quem não o é?
A unica diferença é que como sempre esperei,
e se necessário assim continuarei,
por mais sonhos que tenha, por mais vezes que acorde,
por mais letras que escreva, tudo se tornará num simples;
cheguei!

"Nuno C. Pinro"

Every Day Is Exactly The Same

i believe i can see the future
because i repeat the same routine
i think i used to have a purpose
then again that might have been a dream
i think i used to have a voice
now i never make a sound
and i just do what i have been told
i really don't want them to come around
oh no...

every day is exactly the same
there is no love here and there is no pain
every day is exactly the same

i can feel their eyes are watching
in case i lose myself again
sometimes i think I'm happy here
sometimes...
sometimes... yeah, i still pretend
i cannot remember how this got started
oh... but i can tell you exactly how it will end

every day is exactly the same
there is no love here and there is no pain
every day is exactly the same

I'm writing on a little piece of paper
I'm hoping someday you might find
well I'll hide it behind something they won't look behind
i am still inside...
a little bit comes breathing through
i wish this could've been any other way
but i just don't know... i don't know what else i can do

every day is exactly the same
there is no love here and there is no pain
every day is exactly the same

Soneto 17



Se te comparo a um dia de verão
És por certo mais belo e mais ameno
O vento espalha as folhas pelo chão
E o tempo do verão é bem pequeno.

Ás vezes brilha o Sol em demasia
Outras vezes desmaia com frieza;
O que é belo declina num só dia,
Na terna mutação da natureza.

Mas em ti o verão será eterno,
E a beleza que tens não perderás;
Nem chegarás da morte ao triste inverno:

Nestas linhas com o tempo crescerás.
E enquanto nesta terra houver um ser,
Meus versos vivos te farão viver.

"William Shakespeare"

terça-feira, 28 de abril de 2009

Passagem Secreta


Tenho raiva porque não sei onde
paira nem quando pára.
O que?
Sentir-me assim,
comover-me enfim,
dizer um sim nem sempre basta.
Prefiro um não,
é melhor então
o bater do coração,
o som de uma canção,
a rapidez da pulsação,
a sensação no ouvido,
pois sei que estou vivo.
Mas continuo com raiva,
não é doença, não,
é um sintoma,
não como o cão,
mais como o som de um trovão.
Mas sim, por fim,
confio em mim,
penso por mim,
e escrevo assim,
escrevo assado,
escrevo letra a letra
a letra do lado.
Faço uma frase
crio uma rima
lanço um poema
escolho um tema,
e penso no que quer que seja o problema.
Apuro os sentidos,
encontro os sonhos perdidos
que nunca perco.
Apenas guardo
num sítio só meu,
escondidos de olhares perdidos
que estão sempre sozinhos.
Raiva?
Por vezes,
mas contra mim nada é capaz,
porque controlo o meu tempo,
e ele transforma,
qual alquimista,
o que vejo longe da vista,
e me fornece paz.

"Nuno C. Pinto"

...Bons Tempos...

Instante


Que faria eu sem este mundo sem rosto sem questões

Quando o ser só dura um instante onde cada instante

Se deita sobre o vazio dentro do esquecimento de ter sido

Sem esta onda onde por fim

Corpo e sombra juntos se dissipam

Que faria eu sem este silêncio abismo de murmúrios

Arquejando furiosos em direcção ao socorro em direcção ao amor

Sem este céu que se eleva

Sobre o pó dos seus lastros

Que faria eu eu faria como ontem como hoje

Olhando para a minha janela vendo se não serei o único

A errar e a mudar distante de toda a vida

preso num espaço marionete

Sem voz entre as vozes

Que se fecham comigo.

"Samuel Beckett"

domingo, 12 de abril de 2009

Realidade Paralela


Deixem-me ver o sol com os olhos fechados,
sentir a frescura dos dedos molhados,
passar a mão na areia, sentir a sua textura,
deleitar-me em sonhos, na tua procura,
ver o brilho dos teus olhos em cada olhar,
em cada um dos teus gestos de ternura.
Permitam-me a razão, perdoem-me a duvída,
compreendam o tacto perante a visão dúbia.
Excessos, retrocessos, processos, projectos
questões, respostas,
infindáveis fantasias sobre realidades propostas.
Certezas incertas, irregularidades perfeitas,
vontade de viver por entre as palavras que aceitas,
de mim, para ti, para quando precisares, eu estar aqui.
Deixem-me abrir os olhos e ver o brilho,
sentir a doçura dos dedos desenhados,
agarrar um punhado de areia, atirá-la ao vento,
ver a tua silhueta surgir no momento.
Sonhar acordado, tornar tudo verdade,
só eu sei, que quando fecho os olhos, eu tento.

"Nuno C. PInto"

Publicidade! Mas com algo...


A Espantosa Realidade das Coisas


A espantosa realidade das cousas
É a minha descoberta de todos os dias.
Cada cousa é o que é,
E é difícil explicar a alguém quanto isso me alegra,
E quanto isso me basta.

Basta existir para se ser completo.

Tenho escrito bastantes poemas.
Hei de escrever muitos mais. naturalmente.

Cada poema meu diz isto,
E todos os meus poemas são diferentes,
Porque cada cousa que há é uma maneira de dizer isto.

Às vezes ponho-me a olhar para uma pedra.
Não me ponho a pensar se ela sente.
Não me perco a chamar-lhe minha irmã.
Mas gosto dela por ela ser uma pedra,
Gosto dela porque ela não sente nada.
Gosto dela porque ela não tem parentesco nenhum comigo.

Outras vezes oiço passar o vento,
E acho que só para ouvir passar o vento vale a pena ter nascido.

Eu não sei o que é que os outros pensarão lendo isto;
Mas acho que isto deve estar bem porque o penso sem estorvo,
Nem idéia de outras pessoas a ouvir-me pensar;
Porque o penso sem pensamentos
Porque o digo como as minhas palavras o dizem.

Uma vez chamaram-me poeta materialista,
E eu admirei-me, porque não julgava
Que se me pudesse chamar qualquer cousa.
Eu nem sequer sou poeta: vejo.
Se o que escrevo tem valor, não sou eu que o tenho:
O valor está ali, nos meus versos.
Tudo isso é absolutamente independente da minha vontade.

"Alberto Caeiro"

????

Losango de Volta???